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Alusivo ao dia 8 de março, Dia Internacional na Mulher, hoje trazemos-vos a história das mulheres na filarmonia, que durante muito tempo não puderam participar. No começo das bandas filarmónicas, por volta do século XIX todas elas eram constituídas apenas por homens músicos, não podendo haver participação feminina. Aliás, o dia 8 de março como o dia que assinala a luta, o reconhecimento e a importância do contributo da mulher na sociedade, foi instituído apenas em 1911. Apesar disso, em Portugal realidade que conhecemos melhor, só após o 25 de abril é que foi dada autorização para as mulheres participarem nas Bandas filarmónicas.


Como nos conta Russo (2007) a Revolução de abril de 1974 e o estabelecimento do regime democrático, permitiu abrir uma nova fase para o movimento associativo, que voltou a intensificar-se e que ficou marcado pela integração das mulheres nas bandas filarmónicas, e que se prolongou até aos finais dos anos 80 (Russo, 2007, p.62).


A história das mulheres como executantes na Banda de Música de Arrifana


Quanto à Banda de Música de Arrifana, só em 1982 é que passaram a ser integrados elementos do sexo feminino. As primeiras executantes foram «Maria Gracelina da Costa Soares Ferreira e Maria Goreti da Costa Soares Ferreira, filhas do regente, seguidas de Rosa Dias Familiar e Ana Maria Dias Familiar, filhas de Zulmiro Ferreira Familiar, executante e posteriormente diretor, Celeste Maria Bastos de Pinho e Elizabete Patrícia da Costa Soares Ferreira, também filha de Belmiro Ferreira…» (Lopes, 2010, p.26).


Estas jovens mulheres foram as percursoras das gerações seguintes de mulheres que atualmente são executantes na banda. Nos dias que correm ao contrário desta época a grande maioria dos executantes são mulheres. Uma conquista importante no percurso feminino, mas também no percurso da nossa Banda e de outras Bandas, que se tornaram mais inclusivas, e abraçam um grupo diversificado de músicos, transmitindo uma lição importante para as gerações futuras.


E, é desta forma que a Banda de Música de Arrifana assinala um dia tão importante, relembrando e dando-vos a conhecer as suas primeiras executantes, aquelas que marcaram toda uma geração, e que ainda marcam. Uma importante conquista para todos nós. É um orgulho fazer parte da história, e fazer história.


Contaremos mais histórias no futuro acerca da Banda, fiquem atentos.


Saudações Musicais

A Banda de Música de Arrifana


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Hoje trazemos-vos uma história diferente, inserida no tema dos músicos que passaram pela Banda. A Banda de Música de Arrifana tem uma longa tradição familiar, desde a sua fundação que sempre existiram vários membros da mesma família. No século XIX inclusive chegou a existir duas bandas, uma delas conhecida como a dos Leite, visto que maior parte dos membros eram dessa família.


Como nos conta Lopes (2010) a Banda de Música de Arrifana possui «uma característica muito própria, que advém do facto de ter contado sempre nas suas fileiras de acordo com a tradição oral e elementos de arquivo, com significativo número de executantes e, também, regentes, pertencentes à mesma família, o que lhe concede uma certa mística…» (Lopes, 2010, p.86).


Este amor à banda que foi sendo transmitido por sucessivas gerações de familiares de músicos, tornou-se tão comum, que principalmente nos momentos menos bons, ganhava um maior fulgor, sendo um auxílio importante na ultrapassagem de obstáculos (Lopes, 2010, p.86).


São vários os exemplos que vos podíamos trazer aqui, como o de Manuel Nunes de Azevedo, o sr. Manuel do bombo (1909-1996), cujo o pai Domingos Nunes de Azevedo, também foi músico (com mais de 74 anos de serviço) e que teve ao seu lado o seu filho Manuel, trompetista, e o neto, Manuel Luís, igualmente trompetista. Lopes (2010) refere ainda que esta tradição familiar se encontra, igualmente, bem expressa nos regentes - «com certeza, uma das razões para a longevidade desta Associação Musical», como foi o caso de Belmiro Soares Ferreira que cativou para a Banda as suas três filhas e a neta Cátia, que também o é do executante Manuel Dias de Carvalho (Lopes, 2010, p.87).


Podiam ser contadas muito mais histórias de tradições familiares na banda, ficam apenas estes exemplos, como uma justa homenagem a todas as outras famílias, que fizeram e fazem parte da banda, «num admirável gesto de amor e bairrismo, a servir, a engrandecer e a perpetuar a Banda de Arrifana» (Lopes, 2010, p.87).


Em breve serão contadas mais histórias acerca do longo percurso da Banda pela música, e da sua tradição. Fiquem atentos!!! Saudações Musicais A Banda de Música de Arrifana

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Hoje a história que trazemos aqui é sobre a Festa das Fogaceiras. De tradição histórica a festa das fogaceiras conta com mais de 500 anos de história. É realizada anualmente no dia 20 de janeiro, Dia de São Sebastião, feriado municipal no Concelho de Santa Maria da Feira.


Esta remonta ao século XVI mais precisamente ao ano de 1505, ano esse, em que a peste assolou novamente Portugal. Segundo a tradição, os Condes do Castelo da Feira prometeram a São Sebastião realizar uma festa anual em sua honra se o santo livrasse o seu povo da peste. O «voto» da promessa seria uma fogaça, bolo cujo formato foi inspirado nas quatro torres do castelo (Rodrigues, A Festa das Fogaceiras de Santa Maria da Feira).


São Sebastião tornou-se assim o santo padroeiro de todo o condado da Feira. Porém, entre 1749 e 1753 o povo deixei de fazer a festa e voltou a peste às terras de Santa Maria nesse período. A tradição voltou a cumprir-se e nunca mais parou até aos dias de hoje (Rodrigues, A Festa das Fogaceiras de Santa Maria da Feira).


«A tradição exige que, no decorrer desta festa as meninas fogaceiras, vindas de todo o Concelho de Santa Maria da Feira, desfilem no Cortejo cívico e na Procissão, vestidas de branco, com faixas à cinta de variadas cores, levando à cabeça uma fogaça. As fogaças são enfeitadas com pequenas bandeirolas de papel metalizado». Para além disso durante a missa solene, três das crianças que transportam fogaças de tamanho grande, oferecem uma ao prelado da Diocese, outra em fatias às pessoas distintas da cidade, e a outra aos presos da cadeia (Rodrigues, A Festa das Fogaceiras de Santa Maria da Feira).


Desta tradição secular, acredita-se que a Banda faça parte dela desde o ano de 1812, que ficou marcado pela execução da obra “Abertura 1812 de Tchaikosky”. Desde essa época que de dois em dois anos a Banda de Música de Arrifana juntamente com uma das três bandas do concelho marca presença na Festa das Fogaceiras (Lopes, 2010, p.97).


Desde essa época que a Banda tem marcado presença na Festa das Fogaceiras. Em 1903 por exemplo, não só participou na procissão como na própria missa, tocada pela banda, bem como num concerto realizado à noite nesse mesmo dia (Lopes, 2010, p.97). Atualmente, as bandas do concelho tocam no cortejo cívico e na procissão que ocorre durante a tarde. O ciclo das festividades termina no fim-de-semana a seguir com um concerto no Europarque das quatro bandas filarmónicas, mais de 200 músicos em palco, com temáticas diferentes todos anos.


Em breve serão contadas mais histórias acerca do longo percurso da Banda pela música. Fiquem atentos!!!


Saudações Musicais A Banda de Música de Arrifana

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Contactos: 

     Banda: 967 239 230
       (Chamada para rede móvel nacional). 

     Escola de Música: 918 172 797
 
      (Chamada para rede móvel nacional). 

E-mail: bmarrifana@gmail.com

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