top of page

O artigo de hoje fala de um episódio um pouco caricato durante uma festa da nossa Banda. Decorria o ano de 1975, mais precisamente o dia 20 de setembro quando numa festa em Ponte de Lima, a Banda foi agredida durante as famosas Feiras Novas, «uma das maiores e mais concorridas romarias portuguesas».


Os ardores revolucionários que se faziam sentir, nunca impediram a Banda de se apresentar de forma eximia por todas as terras que percorria, e Ponte de Lima não foi exceção. O episódio insólito aconteceu durante o concerto noturno em que a Banda alternando com outra filarmónica, ia apresentando o seu reportório, recebendo imensos aplausos. A dado momento, como nos conta Lopes (2010), no momento da execução de uma rapsódia, de tão agrado popular, que incluía uma parte conhecida da “Grândola, vila Morena”, sinal anunciador da revolução dos cravos, um indivíduo, ao ouvir os primeiros acordos desta melodia, invadiu, «cheio de fúria, o coreto e arremeteu, de bengala em riste, contra alguns músicos. [Foi] imediatamente arrastado para fora do coreto, perante a indignação dos pacatos assistentes face a tão inopinada e inqualificável atitude, o exaltado agressor recebei de pronto a devida atenção da autoridade policial» (Lopes, 2010, p.126).


Passado o susto as bandas voltaram a tocar para agrado da assistência. Porém, no final da noite outro problema aconteceu com a nossa Banda, desta vez com o autocarro. Quando o motorista o ligou, este começou a deitar um fumo espesso, que levou à apreensão de todos os músicos, porém, valeu a pronta intervenção de um diligente funcionário da estação de serviço, que rapidamente pegou no extintor e dominou toda a situação. Esta foi provocada por um curto-circuito, que afetou o sistema de iluminação do autocarro. Terminado, desta forma atribulada, o concerto, os músicos lá conseguiram entrar no autocarro, que ainda teve que fazer o trajeto até à oficina mais próxima. Na manhã seguinte, domingo, refeitos dos sustos que apanharam e com o autocarro reparado, seguiram viagem até Barcelos, a caminho da festa da Nossa Senhora do Alívio, na simpática localidade de Perelhal, Barcelos.





Contaremos mais histórias no futuro acerca da Banda, fiquem atentos.


Saudações Musicais

A Banda de Música de Arrifana


Aproveitem e visitem também as nossas redes sociais


Atualizado: 14 de jan. de 2022

Os Órgãos Sociais são um dos principais elementos de representação de uma instituição. Assumem um papel fundamental na administração do património, através da coordenação de atividades, contratos de serviços, da representação da instituição em momentos solenes. No fundo, gerem toda a envolvência da instituição. A divisão que conhecemos atualmente dos nossos Órgãos Sociais da Banda de Música que é composta pela mesa da assembleia (Presidente, Vice-Presidente, 1º e 2º Secretário e, conselho fiscal (Presidente, Vice-Presidente e Secretário Relator) e Direção (Presidente, Vice-Presidente, Tesoureiro, 1º e 2º secretário, 1º e 2º vogal), só foi aprovada apenas em 1974, aquando da aprovação dos Estatutos. Segundo o documento anteriormente mencionado, a Banda passou a eleger de dois em dois anos os seus elementos representativos, que passaram a desempenhar um papel importante na contratação de serviços, e outros momentos de relevo, como cerimónias públicas. Porém, e segundo os Estatutos o regente, conhecido hoje em dia como maestro, continua a desempenhar um papel importante na organização de todo o serviço (Lopes, 2010, p.58).


Como era a direção da Banda de Música de Arrifana antes de 1974


Anterior a 1974, e durante uma grande parte da vida da nossa instituição, quem assumia as funções dos Órgãos Sociais, era o Regente (outras das suas designações era mestre ou chefe), funcionando como uma espécie de Órgão Social único, que concentrava na sua pessoa praticamente todos os poderes, quase como um Rei absoluto, que reclamava para si todos os poderes, legislativo, judicial e executivo, só que aqui havia uma maior liberdade de resolução dos problemas e situações que pudessem aparecer. Assim sendo, o Regente para além de coordenar a formação, de selecionar e dirigir o corpo artístico, competia-lhe ainda as funções da contratação das festas e de toda a gestão administrativa. Era, em suma, o rosto visível da instituição (Lopes, 2010, p.57).


Devido a esta situação, a identificação da Banda, era muitas vezes confundida com o próprio nome do Regente. Em algumas situações a entrada de um novo Regente chegou mesmo a ser anunciada na imprensa regional, para além da habitual notícia que era da responsabilidade das Redações dos jornais, o que demonstra bem a importância do cargo. «Segundo elementos disponíveis, apenas em 1940 surgiu uma Direção eleita, formada pelo regente, como Delegado da Banda, e por arrifanenses, não executantes, disponíveis para ajudar a agremiação no desenvolvimento do seu projeto cultural, o que cumpriram com grande dedicação, durante bons anos» (Lopes, 2010, p.58).


A eleição dos nossos Órgãos Sociais e de uma outra instituição, é por isso, muito importante, são eles que representam a instituição em vários momentos, e coordenam juntamente com o maestro uma série de atividades, contração de serviços, músicos, sendo factos relevantes para o crescimento da nossa instituição.


Contaremos mais histórias no futuro acerca da Banda. Fiquem atentos.


Saudações Musicais

A Banda de Música de Arrifana


Aproveitem e visitem também as nossas redes sociais

Contactos: 

     Banda: 967 239 230
       (Chamada para rede móvel nacional). 

     Escola de Música: 918 172 797
 
      (Chamada para rede móvel nacional). 

E-mail: bmarrifana@gmail.com

  • Facebook - Círculo Branco
  • Instagram - White Circle
  • YouTube - Círculo Branco
bottom of page